Valéria Dell'Isola
Quando
abro aquela caixa
E
releio as cartas antigas,
Memórias
complexas
Em
páginas amarelas,
Revivo
a criança que fui
E
reflito a maturidade
Que
me falta ter;
Uma
cartinha recebida
Aos
onze anos de idade
Com
um pedido de desculpas
De
uma colega que me fizera chorar
Consegue
se tornar
O
centro do meu universo
Naquela
releitura tardia;
Hoje
tenho novos amigos
Reais
Virtuais
E
na estante;
Ainda
assim, pouca coisa mudou;
A
aprendizagem é no espelho,
E
é também um eterno retorno;
Por
isso, o hoje,
É
a projeção do ontem,
Reciprocamente
considerados;
Talvez
não me seja viável ter filhos,
Colocando
um ser no mundo
Que
terá sua própria caixa,
Enquanto
a minha, é ainda
Incompreensão.
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